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“A figura de Bento Bruno de Menezes Costa se multiplica tantas foram as facetas que lhe marcaram a personalidade. Artífice, ourive das palavras, em prosa e verso, marcando a literatura paraense como legítimo representante do realismo/naturalismo, simbolismo e modernismo. Maestro de refinada sensibilidade lírica e folclórica, sua obra reflete uma profunda participação social: “Mãe Preta deu sangue branco a muito sinhô moço…”. O Homem que amava a família, sua terra, seus amigos, sua gente. […] O Homem amante de sua cidade, seus bairros e ruas, sua cultura, tradição e costumes, que frenquentava dos saraus literários aos bares da boêmia literária da época.
[…] Ler seus poemas é sentir através das aliterações e onomatopéias o retumbar, o rufar de tambores. É sentir que o africano ainda nos acompanha, vive no seio da família brasileira, na mentalidade do nosso povo, em muitos aspectos de nossas relações sociais, infiltrando-se de tal modo que longe de se apagar, mais e mais cresce, pois à medida que os anos passam, aumenta o número de adeptos de suas crenças, cultos, diversões, algumas de caráter tradicional, por isso irreprimíveis.
[…] Escritor por vocação, prosador impecável, poeta renovador, romancista, jornalista, pesquisador dedicado a suas raízes, sua obra assume a americanidade africana da Aamazônia brasileira.”
Laïs Zumero
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